Mesmo que indiretamente, o gerenciamento de riscos é parte integrante de toda e qualquer organização. Isso porque todas as decisões, antes de serem tomadas, devem colocar na balança os prós e os contras, e isso já é uma estratégia para minimizar riscos.
Contudo, o gerenciamento de riscos deve ser uma prática ativa em todos os processos empresariais, desde a contratação da equipe até a realização de investimentos.
Infelizmente, muitas empresas ainda não utilizam esse processo estratégico em suas rotinas, o que pode prejudicar o negócio. Inclusive, segundo uma pesquisa realizada pela Marsh Risk Consulting, apenas 36,1% das empresas brasileiras utilizam práticas de compliance e gestão de riscos.
Para compreender melhor a importância do gerenciamento de riscos, continue a leitura e entenda as principais características e os objetivos desse processo estratégico.
O que é o gerenciamento de riscos?
O gerenciamento de riscos é um processo que envolve identificar, avaliar, planejar e monitorar todas as operações e recursos presentes em uma empresa, com o objetivo de identificar possíveis riscos e evitá-los.
Assim, essa estratégia é uma ótima forma de manejar as incertezas presentes na rotina empresarial, auxiliando para que as tomadas de decisões sejam mais assertivas e eficientes.
É importante ressaltar que o gerenciamento de riscos é um processo contínuo. Afinal, os riscos fazem parte dos processos diários de uma empresa, e todos os setores e atividades estão propensos a eles.
Dentre alguns exemplos de riscos, podemos citar:
- acidentes de trabalho,
- danos ao estoque,
- fraudes financeiras,
- processos judiciais,
- erros em obrigações legais etc.
Qual é o objetivo do gerenciamento de riscos?
A partir da análise, controle e monitoramento das atividades, o gerenciamento de riscos busca evitar, ou até mesmo eliminar, potenciais ameaças para a organização. Por outro lado, a gestão de riscos também estuda a possibilidade dos riscos trazerem resultados positivos para a empresa, aproveitando as oportunidades.
Essa estratégia pode ocorrer de forma antecipada, fazendo um trabalho de prevenção a eventuais incidentes, como também atua de forma imediata e prescritiva, tratando dos riscos já manifestados dentro da empresa.
De forma geral, o gerenciamento de riscos busca otimizar os processos, reduzir os imprevistos, assegurar a tomada de decisões eficientes, dentre outros benefícios que mantêm o bom funcionamento da organização.
Como é feito o gerenciamento de riscos?
Existem diversas técnicas, estratégias e ferramentas de gerenciamento de riscos. Mas, para aplicá-las, é preciso contar com profissionais qualificados. Num primeiro momento, a gestão de riscos é feita pela identificação, análise, mensuração e controle dos riscos. Mas como essas funções são realizadas?
Dentre as possibilidades, o gerenciamento de riscos pode utilizar a simulação de cenários, que consiste basicamente em imaginar determinada situação e os possíveis efeitos dela para a empresa. Para isso, essa estratégia precisa contar com variáveis qualitativas e quantitativas, calculando as probabilidades de haver algum risco.
Também há a análise de custo benefício, que avalia de forma qualitativa os ônus e os bônus de determinada decisão, projeto ou investimento. Com ela, é possível determinar quais são as opções que melhor se enquadram nos objetivos da empresa, sem gerar riscos para a gestão financeira.
Outra técnica muito utilizada é o diagrama de espinha de peixe, que cria um panorama ramificado das atividades e operações, a fim de encontrar a origem dos riscos. Essa estratégia permite um olhar mais crítico e analítico, facilitando o entendimento das necessidades e problemas da empresa.
Como elaborar um plano de gestão de riscos?
Para que a gestão de riscos seja eficiente, é preciso respeitar alguns processos essenciais para a sua execução. Portanto, é preciso traçar um plano de gerenciamento de riscos.
Em primeiro lugar, é preciso ter um funcionário ou setor qualificado e capacitado para fazer a gestão de riscos e acompanhar os processos internos. Em sequência, é preciso desenhar um panorama da organização, a fim de identificar os pontos fortes e os possíveis riscos que devem ser avaliados.
Feita a identificação, o gerenciamento de riscos deve considerar que nem todo risco representa um prejuízo. Assim, é preciso calcular o impacto desse risco de duas formas: qualitativa, avaliando a importância e a repercussão do risco; e quantitativa, que investiga os efeitos do risco de forma numérica.
O que fazer após montar um plano de gestão de riscos?
Assim que identificados e mensurados os riscos, é preciso apresentar uma resposta a eles, definindo quais ações devem ser tomadas para minimizá-los ou eliminá-los.
Outro ponto importante do plano de gerenciamento de riscos é o monitoramento. Esse processo deve ser realizado de maneira ininterrupta, ou seja, todas as operações devem ser supervisionadas para assegurar que não existam futuros riscos.
A partir dessas noções, é preciso ter em mente também que os riscos não são acontecimentos ocasionais. Eles sempre existirão, visto que a rotina empresarial é dinâmica e propensa às mudanças do mercado. O importante é ter controle sobre os riscos e saber manejá-los de forma eficiente e, quem sabe, produtiva.
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