Trabalho e economia: conheça as perspectivas trazidas pelos indicadores apresentados em 2023  

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No segundo trimestre de 2023, o Brasil testemunhou uma significativa melhora no cenário do mercado de trabalho na economia brasileira. Conforme revelado pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação atingiu o patamar de 8%, entusiasmando economistas. Este índice marca o menor resultado para esse período desde 2014 e representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que registrava 8,8%. Em comparação com o segundo trimestre de 2022, o declínio foi ainda mais expressivo, alcançando 1,3 ponto percentual. Como isso impacta o seu dia a dia? Saiba mais sobre o cenário atual da economia nacional aqui no blog.  

Os dados atualizados 

Os números revelam que aproximadamente 8,6 milhões de brasileiros estavam desempregados no segundo trimestre deste ano. Enquanto o contingente de pessoas ocupadas chegou a 98,9 milhões, apresentando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e 0,7% na comparação anual. Análises de especialistas destacam a recuperação do padrão sazonal do indicador de desocupação. Eles ressaltam a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. No setor público, o emprego registrou um crescimento expressivo de 3,8% em comparação com o trimestre anterior, totalizando 12,2 milhões de pessoas. Na análise anual, o aumento foi de 3,1%, adicionando 365 mil pessoas a esse contingente. 

Um Brasil informal  

No segundo trimestre, a informalidade no mercado de trabalho brasileiro atingiu 39,2%. Um leve aumento em relação ao trimestre anterior, quando estava em 39%, mas ainda inferior aos 40% registrados no mesmo período de 2022. O crescimento da ocupação está associado principalmente ao emprego sem carteira assinada. 

Os trabalhadores por conta própria, que compreendem 25,2 milhões de pessoas, mantiveram estabilidade em relação ao trimestre anterior. No entanto, em comparação com o período homólogo, observou-se uma redução de 491 mil pessoas nessa categoria. 

O contingente de pessoas subutilizadas foi reduzido em 5,7%, equivalente a 1.224 pessoas, em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, esse índice teve uma queda notável de 17,7%, representando 4.385 pessoas a menos. 

O número de desalentados, situando-se em 3,7 milhões, também apresentou uma diminuição notável. Com uma redução de 5,1% em relação ao trimestre anterior, correspondendo a 199 mil pessoas a menos. Na comparação anual, a queda foi ainda mais expressiva, totalizando 13,9% ou 593 mil pessoas a menos. O percentual de desalentados na força de trabalho teve uma diminuição de 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,5 ponto percentual no ano, estabilizando-se em 3,3%. 

A população fora da força de trabalho permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mas registrou um aumento de 3,6%, equivalente a 2,3 milhões de pessoas, na comparação anual, totalizando 67,1 milhões. 

Em termos de rendimento, o valor real habitual ficou estável em relação ao trimestre anterior, enquanto apresentou uma expansão de 6,2% no ano, atingindo R$ 2.921. A massa de rendimento real habitual, avaliada em R$ 284,1 bilhões, permaneceu inalterada em relação ao trimestre anterior, no entanto, teve um aumento notável de 7,2% na comparação anual, representando um acréscimo de R$ 19 bilhões. 

Glossário econômico 

No vasto universo da economia, compreender os termos especializados é essencial para uma análise precisa e informada. Além disso, o cenário do trabalho vem mudando radicalmente com o avanço da informalidade e das configurações autônomas do trabalhador. Explorando algumas definições e contextos específicos que permeiam o cenário econômico, é possível entender melhor as taxas apresentadas.  

A taxa de desocupação refere-se à proporção da força de trabalho que está desempregada e ativamente procurando emprego em relação à força de trabalho total, expressa em termos percentuais. A diferença entre desocupação e desemprego reside no fato de que a desocupação engloba não apenas os desempregados que procuram ativamente por trabalho, mas também aqueles que estão disponíveis para trabalhar, mas não estão buscando ativamente. 

A informalidade, no contexto econômico, refere-se ao trabalho que ocorre fora dos regulamentos e padrões formais estabelecidos pelo governo. Isso inclui atividades econômicas não registradas, sem proteções sociais e trabalhistas. São atividades geralmente caracterizadas pela ausência de contratos formais. 

Profissionais autônomos são indivíduos que exercem uma atividade profissional ou comercial de forma independente. Eles não possuem vínculo empregatício formal com uma empresa específica. Esses profissionais têm controle sobre suas próprias operações, podendo determinar suas horas de trabalho e clientes. Mas também assumem a responsabilidade por seu próprio sustento e benefícios. 

Desalentados são pessoas que, desanimadas pelas dificuldades no mercado de trabalho, desistiram de procurar emprego. Esses indivíduos não estão contabilizados nas estatísticas de desemprego, pois não estão ativamente buscando colocação no mercado de trabalho. 

Pessoas subutilizadas são aquelas que, embora estejam empregadas, não estão utilizando todo o seu potencial de trabalho. Isso pode incluir trabalhadores em regime de meio período que desejam trabalhar em período integral, bem como aqueles em ocupações inadequadas em relação às suas habilidades e qualificações. Ou profissionais que fazem atividades pontuais, muitas vezes chamadas de freelancer ou o popular bico.  

Pessoas fora da força de trabalho referem-se à população que não está empregada nem procurando emprego ativamente. Isso inclui aposentados, estudantes em tempo integral, donas de casa e outras pessoas que optaram por não participar do mercado de trabalho. Esses indivíduos não são considerados na taxa de desocupação, pois não fazem parte da força de trabalho economicamente ativa. 

2024 vem aí: o impacto desses índices do trabalho na economia brasileira 

Os indicadores como a taxa de desocupação, informalidade, profissionais autônomos, desalentados desenham a conjuntura econômica. Esses elementos oferecem insights valiosos sobre a saúde econômica do país, suas tendências e desafios. Para uma compreensão mais aprofundada e para se manter atualizado sobre os desdobramentos dessas taxas acompanhe nosso blog. Aqui você encontra as notícias e análises disponíveis realizadas pelos especialistas do Ibmec. Trazemos sempre uma cobertura especializada e contextualizada sobre o mercado de trabalho na economia brasileira e como se preparar para estar ativamente dentro dele. Acompanhe nossas produções e siga nossas redes sociais!  

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