O diálogo entre Economia Verde, mercado e sociedade para um futuro equilibrado 

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Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Você já ouviu falar sobre Economia Verde? O desenvolvimento da Economia Verde representa uma revolução silenciosa que tem transformado profundamente o comportamento de toda a sociedade. À medida que o mundo se depara com desafios ambientais, cada vez mais recorrentes, a sustentabilidade não é só uma escolha, mas uma necessidade imperativa. A transição para práticas econômicas sustentáveis, portanto, passa a ser uma escolha sensata. A Economia Verde influencia a maneira como vivemos, consumimos e interagimos com o nosso planeta. Desde a busca por fontes de energia renovável até a promoção de estilos de vida mais conscientes. Para falar sobre como tudo isso vem mudando o dia a dia das pessoas, conversamos com Samuel de Jesus Monteiro de Barros, Reitor do Ibmec Rio e Doutor em Administração pela Universidade de Bordeaux. 

Do que se trata exatamente quando falamos de Economia Verde?  

A Economia Verde é um conceito que se refere a um modelo econômico alinhado às emergências contemporâneas. Ela busca integrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental e social. Seus principais princípios visam promover a utilização eficiente dos recursos naturais. Assim como a redução das emissões de carbono, o estímulo à inovação tecnológica e o desenvolvimento de práticas que respeitem os limites do planeta.  

A ideia central é assegurar que as necessidades das gerações presentes sejam atendidas sem comprometer a capacidade das futuras gerações. A transição para fontes de energia renovável, como solar, eólica e hidrelétrica, é um pilar essencial. Além disso, a promoção de tecnologias e processos de baixa emissão de carbono é crucial para combater as mudanças climáticas. Trata-se de uma economia que reconhece a importância da diversidade biológica para a estabilidade dos ecossistemas. Práticas agrícolas sustentáveis, conservação de habitats naturais e proteção da fauna e flora são elementos integrantes desse princípio. Junto a tudo isso, a Economia Verde visa garantir que os benefícios do desenvolvimento sustentável sejam distribuídos de maneira justa. Para promover a inclusão social e econômica e reduzindo as disparidades. 

“Como ponto adicionais, a economia verde tende a ser mais holística nas suas ações. Busca equidade e inclusão social. Valoriza ecossistemas e tende a promover uma economia circular.” Aponta, Samuel Barros.  

Economia verde e mercado: como essas duas esferas dialogam?  

A relação entre economia verde e mercado é intrínseca e mutuamente influente. E consequentemente, esta união impacta diretamente a vida das pessoas. À medida que a conscientização ambiental aumenta, os consumidores passam a preferir produtos e serviços que adotam práticas sustentáveis. A economia verde estimula a inovação, levando as empresas a desenvolverem tecnologias e práticas mais eficientes e ecológicas.  

Dessa forma, a Economia Verde e o mercado estão interligados por meio de um ciclo de influências que vai desde as escolhas do consumidor e passa por estratégias corporativas, incentivos e regulação governamental e os investimentos financeiros. Esse diálogo promove a integração de práticas sustentáveis no tecido econômico e social. Um cenário que ocorre de tal forma que se apresenta no dia a dia das pessoas, às vezes de forma mais perceptível, às vezes menos. 

Assim, existem diversas maneiras em que a economia atravessa o cotidiano da população. Algumas mais objetivas, claras e de curto prazo, outras mais subjetivas e de longo prazo. Samuel Barros observa que o processo produtivo em economia verde se preocupa com a qualidade da energia que vai utilizar. Isto é, se são de fontes renováveis, se é uma energia limpa, pouco poluente, se está eliminando ou reduzindo sua pegada de carbono equivalente (Co2e). Da mesma forma, há uma enorme preocupação com a qualidade do ar e da água em seus processos produtivos, o que tende a reduzir o risco de doenças para a sociedade. Outra característica que também se transforma com a Economia Verde é que suas diretrizes buscam favorecer ações de impacto em transporte, melhorando a qualidade de vida dos centros urbanos. Bem como, também buscam estratégias para melhorar a resiliência da sociedade para desastres naturais.  

“Por fim, mas não limitado a isso, incentivam a criação de empregos verdes, favorecendo ações de inclusão e de apoio a oportunidades consideradas limpas para as empresas.” Complementa o Reitor.  

Expectativa x realidade: o que já é experimentado pela sociedade?  

 É super importante destacar que sem a comunidade a possibilidade de sucesso de diversos projetos de economia verde são nulas. Devemos observar que o objetivo principal da economia verde é ser sustentável e garantir um futuro melhor. Portanto, se a comunidade não se envolver ajudando a mapear necessidades locais, nada acontece. É preciso promover espaços de conscientização e educação daqueles com menos acesso. Promover e se apropriar de ações no médio/longo prazo, cooperando com os projetos, se voluntariando e promovendo o voluntariado local. E, principalmente, monitorando e cobrando das empresas e governos ações de economia verde. Sem isso, toda a ideia tenderá a deixar de existir, e por sua vez, os benefícios que poderão trazer não existirão para a sociedade. 

Atualmente, já é possível encontrar projetos bem sucedidos na sociedade e que já trazem muitos benefícios para a população.  

“Existem vários exemplos. Podemos destacar o projeto de cidade sustentável de Curitiba. Essa é conhecida por seu sistema eficiente de transporte público e planejamento urbano sustentável. Ou o programa de reciclagem da cidade de San Francisco, nos Estados Unidos, que alcançou altas taxas de reciclagem e compostagem, reduzindo significativamente o envio de resíduos para aterros.” Exemplifica, Samuel Barros.   

É claro que nem tudo são flores. Para o Reitor do Ibmec Rio, os desafios mais comuns enfrentados por projetos de Economia Verde são aqueles associados à falta de informação, conhecimento e ausência de incentivos legais. Por vezes até barreiras regulatórias para suas implementações e questões associadas às finanças. Tais como custos de implementação elevados, pressão por resultados financeiros de curto prazo, ausência de incentivos financeiros, etc.  

“De maneira geral, a sociedade ajuda na superação desses obstáculos por meio da conscientização e cobranças dos agentes públicos e privados. Quanto maior for a vontade da sociedade que atividades da economia verde fluam, maior vai ser o interesse do mercado em fazer elas acontecerem.” Conclui Samuel Barros a respeito do impacto da Economia Verde na vida de toda a sociedade.  

Para saber mais sobre este assunto e entender como você pode aproveitar este movimento, é só acompanhar o Blog do Ibmec e nossas redes socias. O Ibmec traz a voz de grandes especialistas do mercado para falar sobre o tema. Além disso, também desenvolve formações voltadas para atender esta demanda.  

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