O preço dos medicamentos de uso contínuo tem assustado muitos brasileiros. Recentemente, o governo autorizou um aumento de 10,8% (quase o dobro do limite anunciado ano passado, de 5,21%), anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Os maiores aumentos são para remédios que têm maior competição entre as marcas – conforme a disputa de mercado diminui, o reajuste cai para 6,79%. Caberá às empresas definirem os valores que serão aplicados.
Segundo a indústria farmacêutica, essa mudança nos valores era esperada, pois as matérias-primas para produção subiram muito no exterior, devido à alta demanda causada pela pandemia. A recomendação é que o consumidor faça pesquisa de preço, porque há medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma doença que são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de vendas. Outra dica para reduzir custo é verificar se o medicamento tem desconto do laboratório e se cadastrar.
Para Vivian Almeida, professora do Ibmec RJ, a alta do dólar também contribuiu para o aumento de preços. “Temos uma produção muito dependente de insumos importados. Qualquer variação impacta demais o bolso do consumidor, e as pessoas não têm como abrir mão de remédio controlado”, comenta.