Hormônios da felicidade: qual a influência na sua carreira?

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Tempo estimado de leitura: 4 minutos
Foto da psicóloga que escreveu artigo sobre hormônios da felicidade

Hormônios da felicidade: entender como o cérebro funciona pode ser uma estratégia para o desenvolvimento pessoal e profissional, visto que nosso sistema nervoso central influencia diretamente em nossas atitudes.

O que os estudos indicam

Estudos indicam que quase dois terços dos colaboradores que se consideram felizes superam as expectativas no trabalho, e que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho tendem a ajudar os outros e são mais cooperativos. Dessa forma, a felicidade está diretamente relacionada a produtividade e a qualidade da entrega.

Nosso cérebro é extremamente complexo e compreender plenamente o seu funcionamento ainda é um grande desafio para os cientistas, mas pesquisas apontam que há neurotransmissores que podem proporcionar uma percepção de bem-estar, satisfação e felicidade.

O papel do neurotransmissor

Os neurotransmissores são substâncias produzidas pelos nossos neurônios, responsáveis por transportar informações entre eles. Sendo assim, desempenham um papel importante no nosso sistema neural e podem afetar uma ampla variedade de funções físicas e psicológicas, incluindo frequência cardíaca, sono, apetite, aprendizado, humor, concentração e medo. Atuam de forma complexa, interconectada e bem específica.

Alguns dos neurotransmissores são utilizados e outros devem ser inibidos, mantendo uma medida ideal, pois influenciam diretamente nos nossos hábitos e comportamentos, trazendo consequências positivas para o nosso ambiente pessoal e profissional.

Um deles é a dopamina, que em níveis equilibrados, traz a sensação de recompensa, reduzindo a ansiedade, melhorando o ânimo, energia e motivação. Ou seja, quando atingimos certos objetivos, cumprimos uma meta ou temos uma necessidade saciada, os neurônios específicos desse sistema são ativados, liberam a dopamina em regiões do cérebro, e consequentemente aumentam a sensação de prazer.

Além disso, realizar atividade física de forma regular, meditar, ouvir músicas e ter uma alimentação variada e saudável, com baixas quantidades de alimentos industrializados já garantem bons níveis desse neurotransmissor no nosso organismo.

Bons níveis de seretonina podem prevenir a depressão

Já a serotonina, pode ser liberada quando nos sentimos importante ou reconhecido, porque ela aumenta nossa capacidade de decisão e auxilia na redução de maus hábitos, também proporciona redução da ansiedade e melhora o humor, sono e apetite.

A serotonina pode baixar devido uma alimentação inadequada, com a redução da absorção de triptofano ou pelo estresse, que aumenta os níveis de cortisol, causando sentimentos de solidão, tristeza, irritabilidade, mal humor, agressividade, pensamentos negativos, ataques de raiva ou de choro.

Algumas pesquisas já demonstram que ter bons níveis de serotonina podem prevenir transtornos como depressão e a ansiedade.

Ocitocina está relacionada a efeitos antiestresse

De acordo com Eliana Nogueira do Vale, doutora em neurociências e comportamento pela USP, a ocitocina está diretamente relacionada a efeitos antiestresse, devido à liberação desse hormônio diante dos contatos sociais, nas situações de suporte, generosidade e relações afetivas.

Dessa forma, a ocitocina é um neurotransmissor que dentre diversas funções, junto com outros neurotransmissores, ajuda a diminuir a ansiedade e o estresse nas interações. Também é responsável por gerar a sensação de felicidade e segurança.

A endorfina inibe sinais de dor física e estresse

Com a endorfina você sente bem-estar, fica mais disposto e confortável. A endorfina inibe sinais de dor física e estresse, promovendo a sensação de felicidade, bom-humor, euforia e motivação, consequentemente, ajuda a aumentar a autoconfiança, melhorando a autoestima.

Shawan Achor, especialista na conexão entre felicidade e sucesso, cuja trajetória inclui doze anos na Universidade de Harvard, menciona que esses neurotransmissores não proporcionam apenas o bem-estar, mas conectam os centros de aprendizado e memória, facilitando a organização, armazenamento e acesso a informações no futuro.

Por fim, vale ressaltar a importância do treino de habilidades, do desenvolvimento de boas práticas, da construção de uma boa rede de contatos e do conhecimento sobre os mecanismos que podem desencadear o estresse, a ansiedade e a depressão. Essas são algumas das possíveis pontes que a neurociência pode fazer para ajudar os profissionais no desenvolvimento saudável de suas carreiras.

Eline Nicolau Roque Ottani, neuropsicóloga e supervisora do Carreiras no Ibmec São Paulo.

*este artigo foi publicado no portal Melhor RH: clique aqui.

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