Além da programação, uma visão holística do setor de games 

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Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Nos últimos anos, testemunhamos um acelerado crescimento na indústria de jogos que leva muitas pessoas a se perguntar como entrar no mercado de games. Marcado por inovações tecnológicas, expansão de plataformas e uma base de jogadores global em constante expansão, esse cenário atrai muitos profissionais. E mais do que atrair, ele precisa absorver muitos e diferentes profissionais. Neste contexto dinâmico, exploraremos as tendências, desafios e oportunidades que impulsionam o atual boom na indústria de games. Para nos guiar nessa jornada, entrevistamos Eduardo Mangeli, professor, designer de jogos, consultor de tecnologia e de desenvolvimento de software no Ibmec. Especialista no campo, ele traz suas perspectivas sobre o cenário atual e as estratégias para o futuro.  

A popularização e expansão dos games no Brasil e no mundo 

Nos últimos anos, os videogames transcenderam seu status de mero entretenimento para se tornarem um fenômeno cultural global. O avanço tecnológico desempenhou um papel fundamental. A evolução constante de hardware e software permitiu gráficos impressionantes, realismo aprimorado e experiências de jogo mais imersivas. Consoles de última geração, computadores poderosos e dispositivos móveis capazes de rodar jogos complexos tornaram-se acessíveis a um público mais amplo. 

Para Eduardo, de maneira bastante positiva e curiosa, apesar do recente aumento significativo, o crescimento na indústria de jogos não é algo novo. Houve uma aceleração notável devido à pandemia, mas diversos fatores têm contribuído para esse impulso. A internet desempenha um papel crucial no cotidiano, e as oportunidades de monetização proporcionadas por essa tecnologia são significativas. Além disso, a aceitação social dos jogos eletrônicos mudou consideravelmente. Anteriormente vistos como uma atividade infantil e menos nobre, desconectada de nossa vida produtiva, os jogos agora são percebidos de forma mais positiva. 

A ascensão dos e-sports, que atraem multidões de fãs e compartilham similaridades com eventos esportivos tradicionais, também é um fator geracional. Com tomadores de decisão e influenciadores nativos digitais, a aceitação social dos jogos atingiu novos patamares na sociedade atual. Essa aceitação social é crucial, pois participar da indústria de jogos agora é considerado algo sério, dada a sua magnitude. Outro aspecto que impulsiona o mercado brasileiro é o incentivo voltado para a indústria de audiovisual, que agora contempla também a produção de jogos. Eles são reconhecidos como veículos de transmissão de conteúdo, o que impulsiona ainda mais o setor. 

“Hoje, os jogos são utilizados não apenas para diversão, mas também para aprender, treinar e trabalhar. A gamificação, a aplicação de elementos de jogos em contextos não lúdicos, também é amplamente usada nos negócios. Aplicativos como o Uber implementam ações de recompensa, reconhecimento e metas em seus processos de trabalho, elementos que são comuns nos jogos.” Complementa, Eduardo.  

Atualmente, a indústria de jogos está em expansão e já ultrapassou a do cinema. Especialmente no segmento de jogos digitais, que movimenta cerca de $200 bilhões de dólares em receita global. No Brasil, esse setor representa aproximadamente R$12 bilhões de reais por ano, indicando um amplo espaço para crescimento. A indústria está em ascensão, com empresas fornecendo produtos e serviços, e a demanda crescente em diversas áreas indica um futuro promissor. 

Como e quais profissionais podem fazer parte deste mercado?  

Um mercado em constante expansão e evolução oferece oportunidades de carreira para uma ampla gama de profissionais apaixonados e qualificados. Além dos desenvolvedores de jogos, cujo papel é fundamental na criação dos próprios títulos, há uma diversidade de profissões que encontram espaço e demanda nessa indústria vibrante. 

Os designers de jogos, por exemplo, desempenham um papel crucial na concepção e estruturação das experiências de jogo. Os artistas gráficos, por sua vez, contribuem para a estética visual, criando mundos e personagens que capturam a imaginação dos jogadores. A programação é uma área vital, não apenas para o desenvolvimento do código que dá vida aos jogos, mas também para a criação de ferramentas e engines que impulsionam o processo criativo. Os engenheiros de software, especializados em otimização e eficiência, desempenham um papel crucial na garantia de que os jogos funcionem suavemente e atendam aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado. 

Entretanto, Eduardo destaca ainda outro setor fundamental. Além dos aspectos técnicos, profissionais de marketing, administração e negócios são essenciais para o sucesso comercial dos jogos. Eles criam estratégias para promover os títulos, engajar a comunidade e construir a marca. Assim, atuam contribuindo para a visibilidade e o alcance de novos públicos e a expansão do mercado.  

“Muitas vezes, quando se pensa em jogos, a imagem que vem à mente é a de um programador. No entanto, programação é apenas uma das muitas habilidades e atividades envolvidas na criação de jogos. Os jogos contam com roteiristas, artistas, designers de jogos, profissionais de marketing, administradores e gestores que compreendam os processos de criação de jogos. É um processo multifacetado, com diversas necessidades, mesmo em estúdios pequenos.” 

O mercado de jogos não é apenas sobre a criação de entretenimento; ele envolve aspectos de negócios, tornando importante o perfil empreendedor e gestor. 

Dessa forma, estamos falando sobre um perfil profissional capaz de se adaptar às mudanças constantes no setor. A formação em administração é tão valiosa quanto a habilidade técnica. Para ingressar nesse mercado, é crucial acumular experiência, e hoje em dia é possível aplicar essa experiência, mesmo aquela adquirida em casa. É possível começar e usar ferramentas mesmo fora da indústria, proporcionando a oportunidade de ganhar experiência prática. Instituições como o Ibmec oferecem aulas de desenvolvimento de jogos que abordam o uso dessas ferramentas. 

Os desafios para quem quer saber de fato como entrar no mercado de games 

O mercado de jogos possui suas peculiaridades, mas também compartilha semelhanças com outros mercados de artefatos sociais. Compreender o funcionamento desse ecossistema, incluindo o papel de distribuidoras e editoras, é crucial. Determinar a parcela de receita destinada aos canais de distribuição é uma decisão significativa, pois a distribuição influencia a quantidade, a forma e a porcentagem que será distribuída ao longo da cadeia. Assim, entender não apenas a criação do jogo, mas também o negócio por trás dele, é um desafio para aqueles com a capacidade de produzir jogos. 

Um dos maiores desafios na indústria de jogos é a escala. Atualmente, as ferramentas necessárias para construir um jogo em larga escala podem ser manejadas por uma ou duas pessoas, mas transformar isso em um negócio capaz de atender em escala global ou até mesmo local já demanda um esforço considerável, especialmente em um país com a magnitude populacional do Brasil. 

“Quando se trata de jogos digitais, é essencial acompanhar os avanços tecnológicos, pois as mudanças tecnológicas são inevitáveis nesse mercado. A tecnologia vai evoluir, novas ferramentas vão surgir e novas oportunidades se apresentarão. É imperativo que as empresas estejam preparadas para se adaptar a essas mudanças.” Destaca Eduardo Mangeli

A tecnologia vai mudar, e nesse cenário, uma sólida formação acadêmica se revela crucial. Apesar de parecer surpreendente para alguns empresários, com a mudança tecnológica, aqueles com uma base acadêmica sólida, compreendendo os fundamentos, conseguem utilizar e adaptar ferramentas com mais facilidade, abrindo novas possibilidades. Se você é um profissional interessado em como entrar no mercado de games e quer uma base de formação sólida, conheça os cursos Ibmec. Nossa equipe pode te ajudar a entrar com o pé direito no mercado que é presente e futuro.  

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