Convivência intergeracional: o que mercado precisa aprender sobre diferenças entre gerações? 

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Tempo estimado de leitura: 6 minutos

O novo comercial da Volkswagen trazendo Elis Regina e Maria Rita cantando juntos desperta o olhar sobre convivência e diferenças entre gerações. O vídeo produzido com Inteligência Artificial para recriar Elis Regina 40 anos depois da sua partida deu no que falar. Foram inúmeros posicionamentos a respeito da peça publicitária. No entanto, é verdade que ver duas gerações juntas entoando a marcante e atemporal música de Belchior “como nossos pais” mexe com nossas emoções sobre a beleza desta troca geracional. Com o advento das tecnologias da informação, as diferenças entre uma geração em outra tem ficado cada vez mais curta e acentuada. Essa realidade faz com que, no dia a dia, seja em casa ou no trabalho, tal relação dê muito o que falar. No mercado de trabalho, diferentes gerações podem ter conflitos, mas para além deles, podem produzir muita inovação.

População economicamente ativa 

Em termos gerais, a população economicamente ativa é aquela que está disposta no mercado de trabalho. Seja em formação, a procura de uma atividade ou empregada. Ela abrange quem está entre 15 e 65 anos de idade. Esse recorte considera, portanto, que as gerações Baby Boomers, X, Y (Millennials), Z e Alpha estão atuando em equipe. Para que a gente possa compreender o que isso significa, vamos caracterizar uma por uma. 

1. Geração Baby Boomers (1946 até meados de 1960): 

Os baby boomers cresceram em uma época de recuperação pós-guerra, valorizando o trabalho árduo e o compromisso com suas carreiras. Eles tendem a ter uma mentalidade de longo prazo e uma forte lealdade às organizações em que trabalham. São profissionais de carreira, com padrões sólidos de comportamento que buscam estabilidade e ascensão profissional dentro de uma única empresa. Muitos deles alcançaram cargos de liderança, trazendo consigo habilidades de liderança baseadas em sua experiência e conhecimento.  

2. Geração X (1965 a meados de 1980): 

Os membros da geração X são conhecidos por sua independência e habilidade de se adaptarem a diferentes ambientes de trabalho. Para eles, mudanças nas circunstâncias profissionais fazem parte do cotidiano. Eles valorizam um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. Logo, buscam flexibilidade e autonomia para conciliar suas responsabilidades profissionais e familiares. Já integram o grupo dos multitarefas. Uma geração que viveu a transição para a era digital, os membros da geração X desenvolveram múltiplas habilidades e adaptaram-se rapidamente às tecnologias que surgiram. 

3. Geração Y – Millennials – (1980 a meados de 1990): 

Os millennials cresceram em uma era de avanços tecnológicos, sendo a primeira geração a crescer com a internet amplamente disponível. Eles têm habilidades digitais avançadas e estão acostumados a usar a tecnologia em sua vida diária e no trabalho. Os millennials valorizam o propósito no trabalho e procuram profissões que estejam alinhadas com seus valores pessoais. Eles desejam fazer a diferença e contribuir para um mundo melhor. Em um mundo pós pandemia, essa é a geração que valoriza a flexibilidade no trabalho. O trabalho remoto e os horários flexíveis são diferenciais básicos para uma vaga de emprego. Eles buscam um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e preferem ambientes de trabalho inclusivos e colaborativos. 

4. Geração Z (meados de 1990 a 2010): 

A geração Z cresceu com smartphones, mídias sociais e outras tecnologias digitais. Eles são nativos digitais e têm habilidades tecnológicas avançadas. Essa geração valoriza a diversidade em todas as suas formas. Eles buscam um ambiente de trabalho inclusivo, onde todas as pessoas sejam valorizadas e respeitadas. Os membros da geração Z têm uma tendência empreendedora e estão dispostos a criar seus próprios negócios. Ou então, buscar oportunidades empreendedoras dentro das organizações. 

5. Geração Alpha (nascidos após 2010): 

É definitivamente quem está chegando ai! Embora a geração Alpha ainda esteja em suas fases iniciais de desenvolvimento, é a próxima a integrar esta convivência. É interessante observar como ela é moldada pela tecnologia e como suas características podem influenciar a sociedade e o mercado de trabalho no futuro breve. Eles são nativos digitais, conectados em tempo integral, multitarefas, possuem habilidades personalizadas pela facilidade de autodidatismo e muito diversos.  Eles estão expostos a diferentes culturas, crenças e valores desde cedo, o que pode promover uma mentalidade mais aberta e tolerante em relação às diferenças. No entanto, podem também ser um tanto quanto reativos à posturas conservadoras.  

No que diz respeito à tecnologia, eles têm muito a ensinar. Com apenas alguns cliques, eles podem encontrar respostas para suas perguntas. Eles aprendem novas habilidades e exploram uma variedade de conhecimentos com muita facilidade. Isso molda toda sua personalidade e maturidade.  

As dores e as delícias das diferenças entre gerações 

Como essas gerações estão todas misturadas no mercado de trabalho ou nas salas de aula, gerentes, coordenadores e líderes precisam estar atentos às suas diferenças. Os líderes devem estar conscientes das divergências geracionais e buscar compreender essas características. Perceber as necessidades específicas de cada geração requer uma mentalidade aberta e a disposição de aprender. São diferentes experiências, perspectivas e valores das diversas gerações que devem ser absorvidas. 

É essencial que os líderes valorizem a diversidade em todas as suas formas, incluindo a diversidade geracional. Reconhecer e valorizar as habilidades e contribuições únicas de cada geração. Afinal, todas elas carregam importantes traços e habilidades importantes que agregam valor aos processos. Embora gerações como Baby Boomers e X estejam há mais tempo no mercado de trabalho, elas não podem ser vistas como defasadas. São gerações que possuem características essenciais para uma visão amadurecida dos processos. Logo, a potência de equipe passa pela promoção de um ambiente de trabalho inclusivo. Um lugar onde todas as gerações são respeitadas e têm a oportunidade de expressar suas ideias e opiniões. 

Para preparar sua empresa para acompanhar esse cenário de diferenças entre gerações e os reflexos disso, requer uma abordagem estratégica e abrangente. Para isso, é importante criar oportunidades de colaboração e interação entre as diferentes gerações. O que inclui formação de equipes multidisciplinares, incentivo a aprendizagem contínua, flexibilidade ampla no mercado de trabalho. Sobretudo, saber comunicar a diferentes gerações. A comunicação cumpre um verdadeiro diferencial para a adesão desses diferentes perfis às apostas da organização.  

Perceber a complexidade desta conjuntura contribui para um clima organizacional positivo e o engajamento de todas as gerações para alcançar os objetivos comuns da organização.  

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