A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de voltar com financiamentos no exterior por meio do BNDES foi alvo de críticas de economistas e de opositores no Congresso.
Do ponto de vista econômico, especialistas afirmam que não é necessária a atuação de um banco de fomento e que há risco de benefício a um pequeno grupo de empresas.
Além do aspecto financeiro, avaliam que se trata de uma decisão com viés político, que agrada à base petista, mas que tem potencial de provocar críticas acaloradas de opositores.
Conforme Reginaldo Nogueira, economista e diretor-geral do Ibmec-SP, enfatiza que projetos com viabilidade econômica encontram financiamento no setor privado.
Ele também ressalta que o quadro fiscal hoje é mais complexo do que no passado, quando o BNDES financiava esse tipo de operação.
“Com a situação fiscal que temos hoje haverá muito mais pressão política, da sociedade e dos órgãos de controle. Não há ganho econômico, apenas político”, e direcionado à base do presidente , afirmou.
De acordo com o economista, as empresas que tiveram acesso aos financiamentos no passado não precisavam de subsídios.
Na prática, durante décadas, houve uma transferência de renda da população brasileira para grandes grupos.
Criação de emprego
O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e líder do PL, disse que a iniciativa é fazer ‘caridade com o chapéu alheio’. ‘Empréstimo por amizade é doação e é também irresponsabilidade.
Dessa forma, os nossos cofres públicos têm prioridades mais urgentes do que agradar amigos e parceiros ideológicos’, afirmou, em nota.
Contudo, para a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), o dinheiro do financiamento voltará em empregos para o país.
‘O Brasil vai financiar empresas brasileiras para elas voltarem a exportar bens e serviços de engenharia, gerando empregos qualificados no Brasil’, escreveu.
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