Setembro Amarelo | Ibmec SP

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Devo me preocupar?

Neste artigo vamos abordar um tema sensível, porém, de extrema importância: o suicídio. Para ajudar no combate da 4ª causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, precisamos entender o que é e refletir sobre como ajudar a se proteger e a quem ama.

O que é suicídio?

Por definição, suicídio é o ato executado por uma pessoa de forma intencional cuja finalidade é a própria morte.

Atualmente é considerado um problema de saúde pública, pois, afeta pessoas de todas as idades e regiões. A cada 100 mortes registradas, 1 ocorre por suicídio. No Brasil, são cerca de 38 mortes diárias por este motivo. Também é a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 e 29 anos de idade, no mundo.

Grupo de risco: de 15 a 29 anos

Nem todos vivenciam a adolescência e o início da vida a adulta da mesma forma. Estas fases que normalmente associamos a maior vitalidade e ânsia de conquistas pessoais, também trazem mudanças importantes e uma carga emocional relevante.

A vida adulta também traz diversas mudanças, como sair de casa, começar a faculdade, iniciar em um estágio ou em emprego. Embora emocionantes, estas mudanças trazem cargas emocionais novas, responsabilidades e momentos de estresse e apreensão. E em alguns casos, doenças mentais podem se instalar neste contexto, como ansiedade, depressão ou abuso de substâncias.

Se não houver suporte adequado, o quadro de saúde mental pode piorar e elevar o risco de suicídio.

Outros fatores de risco

Fatores de risco são contextos com maiores prevalências de suicídio. Além da faixa etária de 15 a 29 anos, os idosos (60+) também tem maiores índices de suicídio.

Entre ou outros fatores, estão:

– Pessoas com transtornos mentais como depressão, transtorno afetivo bipolar ou esquizofrenia, uso abusivo de álcool e outras drogas e transtornos de personalidade.

– Estar passando ou ter passado recentemente por eventos estressores significativos, como separação conjugal, luto ou qualquer mudança que acarrete prejuízo econômico e social, como falência ou perda de emprego.

– Eventos adversos na infância e adolescência

– Portadores de doenças crônicas incapacitantes ou sem prognóstico de tratamento.

Atenção! Estar em algum destes grupos não significa estar em risco de suicídio, contudo, nestes grupos, há maiores índices quando em comparação com outros grupos.

Por que falar sobre suicídio é difícil?

Apesar da relevância numérica, falar sobre o tema ainda é considerado tabu. Seja por razões religiosas ou por mitos e estigmas, abordar suicídio em alguns contextos pode ser desafiador tanto para pessoas em sofrimento que podem estar em risco, quanto para quem poderia ajudar.

Se a vida é um presente, um milagre ou até uma dádiva, não a desejar ou só mencionar essa possibilidade pode ser visto como ingratidão, pecado ou irresponsabilidade. Por outro lado, muitas vezes podemos sentir insegurança e medo da informação de que alguém que conhecemos pensa ou planeja atuar contra a própria vida, justamente por não sabermos como ajudar a pessoa corretamente.

Existe o mito de que falar sobre suicídio, seja entre amigos ou na mídia pode induzir alguém a realizar o ato. E ao contrário do que se pode imaginar, acolher a fala de uma pessoa em risco de suicídio pode aliviar a angústia, reduz a ansiedade associada aos pensamentos e ajuda a pessoa a se sentir compreendida e a aceitar ajuda. A mídia também deve abordar o assunto com responsabilidade, de modo a fornecer informações sobre o problema e como buscar ajuda.

Num mundo onde acessamos a vida de milhares de pessoas, em tempo real e, curiosamente, todas parecem muito bem (felizes, em processos de conquistas pessoais, profissionais e familiares, bem-sucedidas, engajadas em atividades relevantes ou prazerosas ou ambos) pode ser mais difícil para uma pessoa em risco de suicídio expor suas angústias, medos e inseguranças.

O que eu posso fazer?

  1. Derrube preconceitos
  2. Atenção aos sinais
  3. Acolha
  4. Busque uma rede de Apoio
  5. Buscando ajuda profissional

Devo me preocupar?

Algumas perspectivas frente ao cenário do suicídio podem ser preocupantes. Como saber que em nosso país acontece mais de uma morte por suicídio por hora, todos os dias. Entretanto, mais importante do que se preocupar é saber identificar e como ajudar.

Use as dicas desse artigo para te guiar, e caso você se encontre em um momento difícil, no qual a morte pareça uma solução viável, fale com alguém a respeito ou ligue 188 o quanto antes.

Por vezes, seu raciocínio e julgamento sobre a vida pode estar sendo afetado por algo além do seu controle, e após ações simples guiadas por profissionais de saúde, sua percepção sobre soluções pode mudar. Se dê essa chance!

Se você é aluno IBMEC, saiba que o Setor CASA oferece acolhimento psicológico, basta entrar em contato com o setor da sua unidade!

Artigo Por Thais Tamara Dias Motoki – Setor Casa de São Paulo

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