O presidente Lula (PT) disse que o acordo entre Mercosul e União Europeia não será assinado sem reajustes na proposta.
Natalia Fingermann, professora de Relações Internacionais no Ibmec SP, participou de reportagem produzida pela Jovem Pan TV, para comentar a fala do chefe de Estado brasileiro.
União Europeia e América Latina
A União Europeia (UE) está de volta à América Latina. Ou ao menos é o que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mostrou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva há uma semana, na primeira viagem da líder do Executivo comunitário ao Brasil em uma década. Após a passagem por Brasília, foi a vez de Argentina, Chile e México.
As visitas de Von der Leyen e suas reuniões com líderes latino-americanos culminaram no anúncio de 10 bilhões de euros (R$ 52,25 bilhões) em projetos de investimento sob o leque da ferramenta Global Gateway, pensada para fazer frente à Iniciativa Cinturão e Rota, conhecida como a Nova Rota da Seda, o plano global chinês de infraestrutura.
Houve também a assinatura de vários pactos para o fornecimento de matérias-primas essenciais, como o lítio, marcando um ponto-chave na relação que Bruxelas quer reconstruir com o “grande salto qualitativo” que marca a nova estratégia para a região.
Sobre a especialista
Natalia é doutora em Administração Pública e Governo pela FGV-SP e mestre em Social Development pela University of Sussex. É atualmente pesquisadora e professora titular do bacharelado em Relações Internacionais no Ibmec SP, além de consultora independente.