O drama da renda fixa: “rentista” precisa de 36 anos para dobrar valor de investimento
Simulação mostra impacto de juros no menor patamar histórico sobre ganho de quem aplica em produtos ligados ao CDI e evidencia a necessidade de diversificar
Embora os juros estejam em níveis historicamente baixos há pelos menos três anos, ainda há investidores que custam a perceber os efeitos do novo patamar de taxas – seja porque não costumam acompanhar os resultados das suas aplicações com a frequência que deveriam, seja porque estão habituados às facilidades da renda fixa tradicional, como liquidez diária e baixa volatilidade.
Mas o fato é que, para os chamados “rentistas”, viver dos ganhos com a renda fixa se tornou muito mais complicado.
Se você está no clube dos que ainda procuram entender os impactos reais e oficiais dos juros de 2% ao ano no seu bolso, as simulações abaixo podem ajudar.
O cenário para os investidores de renda fixa mudou radicalmente em pouco tempo. Até meados de 2016, era necessário segurar o dinheiro aplicado em papéis de renda fixa por aproximadamente cinco anos para que o aporte inicial dobrasse de valor.
Significa que, se fossem mantidas as taxas, quem aplicasse R$ 1.000 em papéis como CDBs ou letras de crédito teria na conta R$ 2.000 cerca de 60 meses depois.
Em dezembro de 2020, a situação era totalmente diferente: seria preciso deixar o investimento parado por nada menos do que 36 anos para obter o mesmo resultado. Os cálculos foram elaborados pelo professor Cristiano Corrêa, coordenador do curso de Administração de Empresas do Ibmec.
“A diferença é brutal”, diz Corrêa. “Antigamente, ao longo de uma vida de trabalho de 35 anos, as pessoas conseguiam dobrar o patrimônio algumas vezes apenas com os ganhos das aplicações mais conservadoras do mercado. Hoje, isso talvez não aconteça nenhuma vez”.
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