Ibmec na Mídia – Confira o artigo do Samuel Barros para o Estadão

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Pânico no Metaverso: é o fim ou apenas um exagero do mercado?

Samuel de Jesus Monteiro de Barros, Doutor em Administração, especialista em finanças e Pró-reitor de Pós-Graduação do Ibmec

Há cerca de dois meses, publiquei um artigo sobre as demissões nos unicórnios e como isso poderia ser uma histeria sem sentido. É natural as empresas, após ciclos de crescimento de equipe, se reestruturarem para poder crescer de maneira racional. Sabendo que isso é comum em qualquer setor, vamos conversar sobre o anúncio da demissão de 11 mil colaboradores da Meta.

Antes de falarmos das demissões em si, precisamos ter clareza em nossa mente que o metaverso é um conceito, é uma ideia e não um lugar. Podemos considerar como toda e qualquer aplicação de replicação em ambiente digital das características do ambiente físico.

Uma vez contextualizado, vamos falar da Meta, projeto de Mark Zuckerberg. Dona das marcas Facebook, Instagram e Whatsapp, a Meta tem um conjunto significativo de dados e informações que transitam pelos seus bancos de dados e as implicações de proteção de informações são uma preocupação. A Meta é uma empresa aberta em bolsa, que precisa gerar resultado aos acionistas. Com isso, projetos que não apresentam capacidade de geração de resultado rápido tendem a ser retirados do Pipeline.

Outro fator relevante é que o Facebook, um dos principais ativos da empresa, tem apresentado queda no número de usuários, o que coloca os investidores em alerta. Acrescenta-se a isso um cenário econômico mais desafiante e, por fim, Mark Zuckerberg assumiu que foi um erro ter investido o volume de recursos que foi investido no Metaverso da Meta.

Com tudo isso, era de se esperar uma reestruturação: redução de 11 mil cargos e congelamento de vagas até o primeiro trimestre de 2023. É claro que as pessoas que foram afetadas vão sofrer com isso. Ninguém está aqui para julgar a dor desse processo. Mas as ações no caminho da redução de gastos da empresa foram bem vistas pelos investidores, que, no último dia 09, dia do anúncio, apontavam uma alta nas ações da empresa.

Antes que alguém grite que esse é o fim do metaverso, recomendo pensar: como o metaverso pode ser aplicado? Quais as potencialidades para estudos do metaverso em diversas áreas? A verdade é que nós ainda não sabemos de todas as potencialidades para definir a morte da tecnologia.

Nesse sentido, concordo com o Phil Spencer, CEO da Microsoft Games. Se olharmos o que a maioria de nós chama de metaverso, é realmente um jogo mal feito. Mas, se extrapolarmos, poderemos perceber que não usamos e nem vivemos um milésimo das possibilidades comuns e corriqueiras dessa tecnologia.

Então, é hora, sim, de lamentar pelos empregos perdidos, mas também é tempo de celebrar as possibilidades que esse “novo mundo” pode nos permitir vivenciar.

Publicado originalmente pelo Estadão.

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