Fonte renovável avança no território do petróleo
Quase 20% da eletricidade produzida pelos 22 países da Liga Árabe já vêm de fontes renováveis, segundo a instituição global de pesquisa World Resources Institute (WRI). Para diminuir ainda mais a dependência de reservas de petróleo e gás, as nações do bloco estão desenvolvendo grandes usinas de energia solar, eólica e de biomassa. Especialistas acreditam que alianças estratégicas podem deslanchar iniciativas com capital árabe brasileiro, tanto no Brasil como no Oriente Médio.
Os fundos soberanos dos Países Árabes têm US$ 2,3 trilhões para investimentos. Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, informa que há esforços para ampliar a geração de energia limpa em todos os países da Liga, principalmente no nicho de energia solar. “É um recurso abundante na região, graças à prevalência de dias sem nuvens durante quase todo o ano”, afirma.
Edson Machado Filho, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Inovação (CEI) do Ibmec-SP, destaca que a criação de políticas públicas pode reforçar os laços de inovação entre os países. “São ações que facilitam a entrada de investimentos e dão oportunidades às startups do setor”, diz. Hoje, as fontes de energia mais aderentes ao fomento de negócios entre o Brasil e os árabes são a eólica e a solar, devido às similaridades climáticas, com altas temperaturas e grandes áreas expostas ao vento, explica.
Os principais investimentos estão nos países do Golfo Arábico, grandes produtores de petróleo como Arábia Saudita e os Emirados Árabes (EAU), mas há outras iniciativas em curso. Até 2030, os governos do Marrocos, Tunísia e Egito querem que as suas fontes renováveis gerem 42%, 30% e 20%, respectivamente, do total da eletricidade usada em seus territórios.
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