Eleições norte-americanas: atualizações e implicações globais 

COMPARTILHAR
Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Os Estados Unidos estão imersos em um dos aspectos mais fundamentais da eleição americana: as primárias. Para os brasileiros, esta fase pode ser um pouco confusa, já que por aqui nem população, nem os noticiários, costumam cobrir a escolha dos nomes presidenciáveis. No entanto, na nação norte-americana, antes mesmo dos cidadãos votarem para presidente, há um intenso período de seleção de candidatos à Presidência. Ela acontece por meio de uma série de votações primárias e convenções políticas. Depois desse comprido processo é que os cidadãos vão às urnas definir definitivamente a escolha do presidente. Esta última etapa acontecerá em novembro deste ano, e o mundo inteiro está de olho nessa corrida eleitoral. Saiba mais porque essa decisão no norte do globo pode ser tão fundamental aqui no sul global.

Primárias: o que são e o que estão apontando sobre o futuro dos EUA?

As primárias nos Estados Unidos são uma parte fundamental da corrida eleitoral. É o primeiro passo que os eleitores dão para selecionar os candidatos que representarão seus respectivos partidos políticos nas eleições gerais. São meses de intensos debates, apresentação de programas de governo, e muita, muita, disputa. São concorrências que ocorrem dentro dos partidos, entre forças internas que disputam diferentes nomes e planos de governo. 

Durante as primárias, os eleitores votam em seus candidatos preferidos, geralmente divididos entre os partidos Republicano e Democrata. Os resultados das primárias são determinados pela conquista de delegados em cada estado. Lembrando que os EUA são formados por estados independentes, com diferenças bem marcadas entre eles. Por isso, as primárias ocorrem em diferentes fases e formatos, incluindo primárias abertas, primárias fechadas, caucuses e primárias semiabertas. Além disso, as primárias podem ser divididas em primárias presidenciais e primárias legislativas, dependendo se os eleitores estão escolhendo também candidatos para outros cargos além da Presidência. Elas começam geralmente no início do ano da eleição presidencial e se estendem até o início de junho. Durante esse período, os estados realizam suas próprias primárias em datas diferentes, seguindo um calendário estabelecido pelos partidos e pelas leis estaduais.

Após as primárias, os delegados são distribuídos com base nos resultados das votações. Cada candidato precisa acumular um certo número de delegados para garantir a indicação do partido durante as convenções nacionais. As convenções são onde os delegados oficialmente selecionam o candidato presidencial do partido. Essa etapa marca o fim do processo das primárias e o início da campanha para as eleições gerais.

Trump voltando com força

Mesmo enfrentando múltiplas ações judiciais, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém uma liderança inabalada para ser o nome republicano da disputa. Nome polêmico, Trump depende de resolução da Suprema Corte para assegurar a inclusão do seu nome nas cédulas de votação. Isso porque, o ex-presidente é alvo de 91 acusações em 4 processos criminais. Ele entrou para a história do país como sendo o primeiro ex-presidente a se tornar réu. Trump é acusado de fraudes financeiras. Entretanto, Donald Trump, vem acumulando vitórias nas primárias do Partido Republicano. A última, realizada na Carolina do Sul, ampliou sua vantagem na disputa pela candidatura do partido. Ele também já ganhou em New Hampshire e Iowa.

O nome de Trump já causou muito rebuliço no partido e em todas as primárias. À medida que a corrida foi avançando, a maioria dos pré-candidatos desistiu da disputa. No momento, apenas a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, se mantém na concorrência para tentar superar o nome de Trump para as eleições gerais de novembro.

Trump vem acumulando alguns marcos na sua trajetória política, e vem demonstrando favoritismo. Mesmo tendo perdido as últimas eleições para Joe Biden e ter sido apontado como responsável pelo episódio da invasão do Capitólio, seu nome parece acirrar o processo eleitoral americano. Ele ainda desfruta de uma influência considerável no partido e também com o eleitorado. Sua busca pela nomeação republicana marca um evento significativo na história política recente dos Estados Unidos. É a primeira vez em mais de um século que um ex-presidente empreende uma disputa real para reviver a nomeação de seu partido. A última tentativa foi de Teddy Roosevelt, em 1912, e não obteve êxito.

Joe Biden e o desafio democrata

 Já do outro lado, os democratas, quem vem se consolidando como nome da disputa é o atual presidente Joe Biden. No geral, nomes à reeleição enfrentam pouca concorrência dentro dos partidos no momento da escolha de representante. São raros os titulares que enfrentam desafios significativos, no entanto, algumas figuras democratas decidiram enfrentar Biden nas primárias do partido. Entre elas estão o deputado Dean Phillips, de Minnesota, e a escritora de autoajuda Marianne Williamson. Marianne Williamson abandonou a corrida no início de fevereiro, citando o “nível do fracasso” de sua campanha como motivo para sua retirada.

Entretanto, Joe Biden tem um enorme e intenso percurso até as eleições de novembro. Isso porque o atual presidente vem acumulando índices preocupantes de aprovação. Pesquisas apontam que, atualmente, a popularidade do presidente se mantém mais próxima do nível mais baixo registrado em seu mandato, de 36%. Além disso, pesquisas eleitorais que colocam Donald Trump como o candidato republicano apontam que, caso a eleição fosse hoje, Trump levaria a vitória.

EUA e Brasil: impacto da eleição norte-americana em solos brasileiros

Não é só porque é o país mais rico e influente do mundo, mas é fato que as eleições dos Estados Unidos exercem um enorme impacto no Brasil. Em termos econômicos, políticos e diplomáticos, as políticas e decisões adotadas pelo governo americano têm o potencial de impactar diretamente a economia brasileira. Sobretudo neste cenário em que a disputa se dá entre Donald Trump e Joe Biden. Isso porque, o ex-presidente Donald Trump já demonstrou algumas vezes, não nutrir muito apreço pelo presidente do Brasil. Apesar de Lula ser conhecido por sua postura diplomática e bem relacionada com diferentes espectros de líderes mundial, Trump tem divergências ideológicas profundas em relação ao presidente brasileiro. Em declaração, Lula já declarou torcida para o atual presidente Joe Biden, e manifestou que o atual presidente norte-americano traria “mais segurança à democracia americana”. Portanto, é essencial acompanhar de perto o processo eleitoral nos Estados Unidos para entender as possíveis repercussões no Brasil. Para saber mais atualizações, acompanhe o Blog Ibmec.

CADASTRE-SE PARA RECEBER INFORMAÇÕES SOBRE NOSSOS CURSOS

Informe o seu nome completo
Informe um número de celular válido
Li e concordo com a política de privacidade, bem como com o tratamento dos meus dados para fins de prospecção de serviços educacionais prestados pelo IBMEC e demais instituições de ensino do mesmo Grupo Econômico
Preencha todos os campos obrigatórios