Novo ano, tecnologia nova: onde devo investir meu tempo para inovar?

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Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Um universo de possibilidades se abre com um mundo digital. O que vem pela frente? Criptomoedas, inteligência artificial generativa, super apps são algumas das tendências para o ano. Vamos desbravar aqui as expectativas do cenário tecnológico para o ano que está começando. Felipe Furtado, Head Nacional do Ibmec-Tech, explica algumas delas e projeta o que se espera para o mercado. Se você é um apaixonado por inovação e tecnologia, este artigo é para você!  

Cautela ou ousadia: como o mercado está atuando em 2023? 

O site Layoffs, uma página que reúne dados sobre demissões e decréscimo do mercado de inovação, apontou algumas baixas em 2022. De acordo com os dados apresentados, aconteceram demissões em massa e muitas empresas enfrentaram desafios de expansão. Vale destacar:  

  • mais de 1000 empresas de tecnologia fizeram demissão em massa ao longo de 2022; 
  • mais de 150 mil profissionais foram demitidos dessas empresas de tecnologia em 2022. 

O que isso significa na prática? O raciocínio lógico, frente a uma sociedade cada vez mais conectada e tecnológica, reage com certo estranhamento a esses números. Afinal, espera-se que este setor econômico cresça exponencialmente. No entanto, como o especialista Felipe Furtado explica, alguns fatores incidentes balançam este mercado. Apesar de muitas empresas estarem passando por processos de transformação digital, são vários os motivos que se concretizam em baixas. Ressalta-se dois que aparecem com unanimidade nas análises de diversos especialistas. As incertezas no cenário macroeconômico mundial, impactado também por uma pandemia e uma guerra. E, consequentemente, uma cautela de  investidores de risco e acionistas no cenário mundial. 

Isso impactou não apenas pequenas e médias empresas, mas várias big techs no mundo. Algumas delas estão inclusive no topo do mercado como Netflix, Amazon, Meta, Microsoft, dentre outras. Além dessas, o que muitas pessoas perguntam é se no Brasil este impacto também é real. Furtado esclarece que sim.  

“Por aqui, os maiores impactos foram nas startups. Há quem defenda que esse impacto tem relação com um crescimento explosivo desordenado. Quando, na verdade, tal expansão deveria caminhar de forma mais sustentável.”  

Isso pode ser observado, inclusive, na versão brasileira do site Layoffs. Lá é possível perceber que o movimento de demissão em massa também aconteceu por aqui. Porém, ainda assim, de acordo com a AbStartups (Associação Brasileira de Startups), o Brasil tem mais de 22 mil startups.  

O que esperar? 

Mudanças. É esperado que o cenário de layoff sofra transformações nos próximos anos. As empresas de tecnologia estão tentando recuperar o valor das empresas como um todo. As nações estão tentando equilibrar suas contas de forma que os avanços tecnológicos não devem parar. Mas é claro que não se pode ignorar as variáveis que apareceram e seguirão aparecendo na história mundial.  

De acordo com opiniões de especialistas do MIT Technology Review Brasil, há 3 importantes tendências tecnológicas que devem marcar o ano de 2023. São elas: Generative Artificial Intelligence; Cyber Security; Super apps. Por enquanto, vamos falar um pouco da primeira grande aposta para 2023.  

O subcampo da Inteligência Artificial em destaque

A Inteligência Artificial Generativa é uma espécie de subcategoria do amplo guarda-chuva da inteligência artificial. Isso em nada faz dela uma categoria menor, mas se designa como uma vertente. É uma área de pesquisa que trabalha com a elaboração de novas informações ou artefatos usando técnicas de inteligência artificial. Por exemplo, a criação de imagens, textos ou modelos 3D, e outras atividades que envolvam o processo criativo (Adriana Wiechorek, 2022). 

É uma tecnologia em estágio inicial e não se limita apenas às imagens digitais. Ela é capaz de produzir textos, áudios ou códigos por meio de algoritmos e métodos de machine learning (Dani Rosolen, 2022). Os principais resultados surgiram em 2019 com uma IA chamada GPT-3 para produção de textos, criada pela empresa OpenAI. De acordo com ela, o algoritmo usa deep learning treinado por milhões de livros e conteúdos da internet para gerar textos. E acreditem, isso também já possui versão em português. 

A partir do momento que a OpenAI permite que qualquer pessoa use o algoritmo, a IA passa a aprender cada vez mais. Isso ajuda a crescer a tecnologia numa escala enorme. Há diversas aplicações práticas. A mais comentada nos últimos meses foi o uso do ChatGPT. Trata-se de um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI especializado em diálogo. 

…e não para por aí! 

A Microsoft está querendo investir na geração de imagens hiper realistas, o que trará um grande impacto na indústria criativa. Em breve, teremos uma explosão de soluções e ferramentas. Também poderá ser utilizado no campo científico para a descoberta de novas moléculas e redução de riscos no mercado financeiro. Bem como, facilitar o desenvolvimento de marketing direcionado, detecção de doenças, influenciará na arquitetura, engenharia civil e circuitos elétricos. 

Enquanto a tecnologia vai ganhando maturidade, o que pode levar um tempo, já começam as discussões do setor jurídico. Afinal, é preciso regular todas essas tendências de inovação que já se tornam uma realidade? Por exemplo, como fica o direito autoral de uma imagem que foi criada a partir de outras? Se pensarmos que a IA generativa coletou pedaços de milhares de outras imagens ou vídeos na internet? Qual a responsabilidade das plataformas com o uso desses dados do ponto de vista global, governamental ou empresarial? 

Quando falamos em novas IAs, entendemos que também trará impacto no futuro do trabalho. Felipe Furtado complementa: 

“Não acredito que ela irá substituir o lado criativo do ser humano. Pois ainda não encontramos o estado da arte para que a máquina seja tão melhor em questões criativas. Mas é fato que, sim, deve eliminar várias atividades repetitivas.”  

Top 10 para mais detalhes:

Por fim, para trazer mais aplicações promissoras, Felipe Furtado deixa uma lista para quem gostaria de se aprofundar. Uma vasta lista de referências bibliográficas, como, por exemplo, o especialista na área de educação e tecnologia, John Mikton. Mikton é um dos que prefere encarar o valor agregado do #chatgpt3 para a educação como uma oportunidade. De uma forma que educadores compartilhem seus aprendizados, reflexões e conhecimentos com as comunidades escolares para avançarmos juntos. Comecemos por aqui! Acesse lá: 

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4. ChatGPT for Educators: An Introduction 

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6. ChatGPT: Can OpenAI’s Chatbot Pass AP Lit? | WSJ 

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7. ChatGPT for Google 

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Podcast: 

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10. Is AI the problem? Or are we? 

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