Tecnologia e futuro: como parcerias estão transformando a formação de jovens

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O que mais pulsa no brasileiro é a vontade de vencer, isso é fácil perceber quando o assunto é formação de jovens. A energia que circula na juventude é o motor para continuar a mover as engrenagens da inovação no Brasil. Tal potencial é ainda mais pungente quando são dadas oportunidades para aqueles que, muitas vezes, são esquecidos pelo poder público. No Rio de Janeiro, infelizmente, a realidade periférica é uma maioria. Mas é nas terras cariocas que estes jovens mostram como são sagazes na arte de resistir com criatividade e garra. Quer conhecer mais sobre o projeto que une juventude, tecnologia e sociedade? Quem sabe esta oportunidade também não é para você. 

A energia capaz de movimentar montanhas

Se tem algo que os cariocas sabem bem como usar é a criatividade. O Rio de Janeiro é vista, mundo afora, como inovadora, criativa e com um enorme capital humano. Uma verdadeira força de resiliência que se materializa na forma de se expressar no mundo. E também na forma de criar vias capazes de transformar vidas. São cifras de bilhões que circulam pelas favelas movimentando o empreendedorismo dessa população. No Brasil todo, são R$119,8 bilhões por ano que envolvem muito de tecnologia e economia criativa. 

No entanto, ainda é um setor com um imenso déficit de mão de obra qualificada. Principalmente, quando olhamos para o cenário do Rio de Janeiro. A capital fluminense sofre com um inchaço urbano populacional e desordenado nos centros econômicos. Dar vazão para toda essa conjuntura peculiar da cidade exige estratégias. É por isso que a Prefeitura do Rio, por iniciativa do prefeito Eduardo Paes, criou o Programadores Cariocas. O projeto busca capacitar 5 mil jovens na área de Tecnologia da Informação até 2024. 

Em entrevista, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação comentou o assunto. Chicão Bulhões acredita que o Rio possui uma potente rede educacional que deve estar conectada. 

– O projeto faz parte de um grande ecossistema de iniciativas conectadas, que têm o objetivo de tornar o Rio a capital da Inovação e Tecnologia. Temos muitas universidades, centros de pesquisa e, uma dificuldade que temos é não conseguir levar esse capital humano para os negócios e a geração de economia – comenta o secretário municipal 

O plano foi elaborado para atender especificamente a juventude das regiões periféricas. Logo, o objetivo do curso é oferecer capacitação para jovens em situação de vulnerabilidade. É um caminho para que eles possam se inserir no mercado de trabalho com um mínimo de equidade. Assim como jovens de outras classes e regiões mais privilegiadas, eles também podem sair preparados para o mercado de trabalho. 

Quem pode participar do Programadores Cariocas?

A iniciativa é voltada para jovens entre 17 e 29 anos, com Ensino Médio completo e que tenham concluído o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio em escolas públicas. 

A Prefeitura está disponibilizando bolsas integrais ou parciais para viabilizar a participação destes jovens. O auxílio é de R$500 por mês e um computador ao final do programa. Afinal, é fundamental oferecer as ferramentas necessárias para que possam trabalhar em suas ideias. O computador é um aparato básico para quem está voltado ao mercado tecnológico. Assim, essa contrapartida é necessária para que os jovens tenham a ferramenta de trabalho em mãos.  

O projeto é tocado por uma equipe estruturada e qualificada para avaliar as necessidades deste público. É o que explica o subsecretário Marcel  Balassiano. 

– Os alunos que têm bolsas parciais só pagam o valor restante (no máximo R$ 3 mil) após a conclusão do curso, se estiver empregado e com salário acima de R$ 2.200 mensais, sendo a parcela 18% do salário do profissional. 

O anseio do mercado e as possibilidades de inserção

As perspectivas de mercado são bastante positivas. De acordo com os dados econômicos do setor, o retorno de cursos como esses gira em torno de 80%. Ou seja, há uma alta chance de empregabilidade após a participação. Além disso, os salários iniciais giram em torno dos R$ 3 ou R$ 4 mil. Ou seja, é um incentivo mobilizador para que os jovens entrem, façam e colham os frutos da formação. Para que este ciclo realmente se complete, a prefeitura oferece apoio ao longo do tempo de dedicação. O curso dura seis meses e a prefeitura oferece auxílio para incentivar os jovens a concluírem o treinamento. 

Uma rede de parceiros que faz toda a diferença

Duas empresas entraram nesta empreitada e vem sendo um verdadeiro diferencial. O Senac, em parceria com a Resília, e a Generation unem estrutura e experiência para o sucesso da iniciativa. E o Ibmec soma forças ao projeto oferecendo uma de suas unidades para a realização das aulas. Desde agosto, o Ibmec Centro cede seu espaço físico para a capacitação dos alunos, que está sendo realizada pela Generation. Uma troca que beneficia, e muito, a vivência do participante que se colhe também a relação com toda a comunidade do Ibmec. Essa cooperação deve se estender até janeiro e atender aproximadamente 50 jovens. 

A iniciativa está presente em oito bairros do Rio – Madureira, Riachuelo, Irajá, Bonsucesso, Campo Grande, Centro, Bangu e Jacarepaguá. As aulas da primeira turma começaram em agosto, com 750 alunos divididos em 28 turmas. 

– Tivemos 3.600 pessoas inscritas. Desse total, 70% eram negros, 40% eram mulheres e a metade era de moradores de comunidades do Rio. Vamos acompanhar de perto essas pessoas e ajudar na parte de empregabilidade. É uma política pública inovadora – avalia o subsecretário. 

Se você se identificou com o público alvo, quer saber mais  ou tem ideias para agregar, entre em contato. Além disso, você pode ficar de olho para acompanhar as informações das próximas seleções. Acompanhe o site https://programadorescariocas.rio 

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