Utopias da vida comum é o título da exposição que representará o Brasil na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que tem início no dia 22 de maio. Com curadoria do escritório mineiro Arquitetos Associados – formado pelos arquitetos e professores do Ibmec BH André Prado, Paula Zasnicoff e Alexandre Brasil, e pelos arquitetos Bruno Santa Cecília e Carlos Alberto e pelo designer visual Henrique Penha, a mostra que ocupa o pavilhão do Brasil no Giardini busca mapear a presença das utopias em solo brasileiro, da cosmovisão Guarani da Terra sem Males até a contemporaneidade, destacando alguns momentos singulares na história.
A exposição, idealizada antes da pandemia de Covid-19, ganha novos significados com o atual contexto de distanciamento físico entre as pessoas, especialmente se pensada a partir do tema central da Bienal, proposto pelo curador geral Hashim Sarkis: How will we live together? [Como viveremos juntos?]
Utopias da vida comum contará com dois ambientes. A sala menor abrigará o núcleo “Futuros do passado”, dedicado a dois projetos icónicos da arquitetura moderna e às utopias que os orientaram, realizados entre o fim do Estado Novo e os anos do Governo de Juscelino Kubitschek (entre 1946 e 1961). Já a sala de maiores dimensões receberá “Futuros do presente”, onde serão exibidos dois vídeos que refletem utopicamente sobre a ocupação das metrópoles contemporâneas.
André Prado, arquiteto, professor e coordenador do Ibmec BH, destaca que “a Bienal de Arquitetura de Veneza é um dos eventos mais importantes para o campo da arquitetura e do urbanismo em nível mundial. A exposição acontece a cada dois anos numa parte da cidade histórica italiana conhecida como “Giardini”, onde também acontece a Bienal de Arte e outros eventos culturais. Eu e meus colegas do escritório Arquitetos Associados fomos convidados para sermos os curadores da exposição no pavilhão brasileiro e foi uma honra para nós receber esse convite e fazer o trabalho curatorial para a exposição que representa o Brasil na Bienal. Infelizmente não poderemos estar lá na abertura, e esperamos poder ver a exposição montada até novembro, que é quando se encerra a Bienal.”