A convergência entre importantes pilares como a educação, arte e tecnologia é a aposta de diversos especialistas em um futuro digital autossustentável. Com o assunto bastante em voga nos últimos anos, não poderia deixar de ser, também, tema de um dos bate-papos da 14ª edição do evento ArtRio, que aconteceu nos últimos dias 25 a 29 de setembro, na Marina da Glória, centro do Rio de Janeiro.
Uso da IA na arte contemporânea
Um dos maiores eventos de arte no país, o ArtRio conta com uma rica programação cultural durante os cinco dias que acontece e é claro que o Ibmec não poderia ficar de fora dessa. Seguindo a ideia de inovação e inclusão no mundo das artes, o Ibmec, junto do Instituto Yduqs, agiu como apoiador do ArtRio, participando do desenvolvimento de importantes atividades no evento, como a roda de conversa “Inovação Tecnológica nas Artes: Desafios e Oportunidades”, com Pedro Gueiros (advogado e professor de Direito Civil e Novas Tecnologias do Ibmec), Clélio de Paula (artista visual e Diretor Executivo da WESENSE) e mediação de Victor Azevedo (coordenador de Publicidade e Propaganda do Ibmec).
Clélio de Paula abriu a roda de conversa enfatizando a importância de se discutir tecnologias num espaço como o ArtRio, devido às possibilidades que um caminho que combine tecnologia, arte, ciência e memória pode trazer. Ao apresentar alguns de seus trabalhos que usam de realidade aumentada e experiência imersiva, Clélio falou sobre o atrativo de se desafiar e explorar artifícios tecnológicos como ferramentas. Isso gera um autoquestionamento sobre como dar relevância àquele trabalho, para que ele não seja visto somente como “brincadeira”.
Outro ponto levantado pelo artista visual foi sobre como é fundamental debater os impactos ambientais dessas tecnologias. De acordo com ele, a Inteligência Artificial possui uma pegada hídrica, indicador de consumo de água doce, assim como todos os outros bens e serviços. Clélio afirma que é bom se preocupar, mas é importante notar que esse consumo já diminuiu muito do que já foi antes.
Por sua vez, Pedro Gueiros tratou sobre a não tão recente, mas intensa, relação entre arte e tecnologia. Como desafio atual, ele cita o uso e as implicações da IA Generativa, o que estimula a reflexão sobre um necessário equilíbrio entre proteção e inovação. Para Pedro, governança ética, responsável e sustentável da IA é fundamental para que não se impeça a inovação e, sim, a regulamente, já que a arte sempre possuiu novas tecnologias a desafiando, intrinsecamente.
Cultura e acessibilidade
Outra ação de destaque na 14ª edição do ArtRio foi uma playlist interativa do Spotify. Projeto também assinado pelo Ibmec e o Instituto Yduqs, a playlist tinha o objetivo de guiar o público do evento por meio de uma experiência audível. Em uma parceria focada em inovação e educação na arte para mudar vidas, foi possível aprofundar o conhecimento sobre as obras expostas no evento, assim como conhecer mais da história e impacto cultural dos artistas responsáveis. Além disso, proporcionou-se maior acessibilidade a participantes com deficiência visual.
Alunos de Comunicação do Ibmec puderam, também, pôr seus conhecimentos em prática na criação de conteúdo a partir de uma visita guiada pelo ArtRio. Ao promover iniciativas como essa, o Ibmec possibilita que seus alunos explorem o mercado de arte, cultura e negócios, desenvolvam networking com profissionais da área e adquiram uma visão prática de suas futuras carreiras. Essa integração entre educação, arte e experiências reais é fundamental para a formação de profissionais versáteis e preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, conectando teoria e prática em um ambiente dinâmico e enriquecedor.