O Fórum Econômico Mundial aconteceu entre os dias 15 e 19 de janeiro deste ano, em Davos, Suíça, trazendo destaque para as possibilidades no futuro tecnológico. O Fórum acontece anualmente e reúne líderes globais dos setores público e privado. O objetivo é discutir questões que afetem a economia global. Desde sua fundação em 1971, se tornou um dos mais proeminentes encontros internacionais. Uma plataforma crucial para diálogos sobre políticas, cooperação e desenvolvimento econômico. Neste ano, a IA esteve no centro das discussões, vamos saber mais?
Presença garantida dos grandes nomes da tecnologia
Pode ser que esteja até um pouco cansativo a recorrência do assunto tecnologia e inteligência artificial. Isso vem acontecendo porque a tecnologia já uma realidade mais do que presente, é fundamental para o cotidiano de todas as pessoas em sociedade. No entanto, a inteligência artificial também vem se mostrando uma solução para inúmeros possíveis cenários. Ela vem se desenvolvendo em diferentes aspectos e demonstrando se aplicada em questões de saúde, comunicação, meio ambiente e sustentabilidade. Em um mundo vivendo tamanho desafio de preservação da natureza e seus recursos, ter a IA como um aliada tem estimulado muitas pessoas e líderes mundiais de governo e negócios.
A IA, com sua capacidade de transformar indústrias, impulsionar a inovação e influenciar as dinâmicas geopolíticas, ocupou o centro das discussões em Davos. Os avanços surpreendentes na IA generativa têm despertado particular interesse, destacando o potencial disruptivo e transformador dessa tecnologia.
A importância de debater a IA no Fórum Econômico Mundial vai além do âmbito tecnológico. Ela tem implicações significativas em áreas como política, economia, ética e segurança global. Líderes de nações como China, Estados Unidos, França e outros têm reconhecido a necessidade de compreender e moldar o futuro da IA, tanto para aproveitar seus benefícios quanto para mitigar seus riscos.
A presença de figuras influentes do mundo da tecnologia, como Sam Altman, CEO da OpenAI, e Satya Nadella, CEO da Microsoft, em Davos destaca a importância estratégica da IA e seu impacto nos negócios e na sociedade. As discussões e debates realizados neste fórum não apenas refletem a crescente conscientização sobre o recurso, mas também moldam as políticas e estratégias que orientarão seu desenvolvimento e aplicação no futuro.
Como a IA impulsiona a sustentabilidade global na era da crise climática?
A Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel fundamental na abordagem dos objetivos globais de sustentabilidade estabelecidos para o século. Principalmente quando falamos sobre crise climática, sustentabilidade e justiça social. A IA é um recurso capaz de lidar com a enorme produção de dados nesta sociedade globalizada e digitalizada, e aprender e gerar uma solução a partir deles. Tudo isso em uma velocidade muito maior do que o cérebro humano. Isso significa que ela pode analisar grandes volumes de dados climáticos juntando informações históricas com as em tempo real. Essa habilidade é capaz de prever eventos climáticos extremos com maior precisão. Um cenário que permite as comunidades se preparem adequadamente e implementem medidas de adaptação e redução de riscos.
O monitoramento ambiental também é outra função que a IA pode trazer muitos benefícios. Ela é capaz de dar conta de grandes extensões de terra, como, por exemplo, a Amazônia ou cerrado brasileiro. Averiguando possíveis desmatamentos, queimadas e invasões. Com todas essas informações em suas bases de dados, ela pode otimizar as soluções, isto é, pensar como fazer melhor uso dos nossos recursos naturais. Repensar como usar de forma eficiente a energia, a água e diversos outros materiais por meio da identificação de padrões de consumo. Com isso, ela sugere práticas mais funcionais e sustentáveis, evitando desperdício e minimizando o impacto ambiental das atividades humanas.
Uma das grandes questões que também preocupam os líderes mundial é a fome. Parece um assunto meio antigo, não é mesmo? No entanto, a população mundial segue crescendo e o consumo de alimentos também. Além disso, os anos demonstraram os perigos da alimentação industrial, do uso de agrotóxicos. Bem como a desigualdade de acesso que leva milhares de pessoas à insegurança alimentar. Com tamanha mudança climática, especialista temem que eventos catastróficos possam afetar nossas produções e inviabilizar o alimento para todos. Por isso, a IA tem sido vista como uma forma de ajudar agricultores a otimizar o uso de insumos agrícolas, reduzir o uso de pesticidas e fertilizantes e aumentar a produtividade de forma sustentável.
No campo ou na cidade, a IA é uma aliada ao planejar melhor a ocupação do território. Levando em considerações todos os riscos que envolvem espaço, de forma que sociedade e natureza possam crescer em harmonia.
Tais aplicabilidades são algumas das maneiras pelas quais a IA pode apoiar os objetivos globais de sustentabilidade. E por isso ela foi apontada com tamanha relevância no encontro em Davos. O Fórum Econômico Mundial está atentando ao futuro tecnológico como forma de pensar a sustentabilidade dos negócios. No entanto, para que os negócios possam existir, é preciso fundamentalmente existir planeta Terra. Assim como uma população sadia e com possibilidade de fazer a roda dos grandes negócios girarem.
Há quatro anos, a pandemia da Covid-19 abriu os olhos de toda sociedade para cenários inimagináveis. O mundo inteiro precisou parar, pensar e se proteger, e ainda assim, muitos não conseguiram sobreviver. A economia até hoje sente este impacto. Esse episódio deixou muitas marcas e aprendizados para os líderes e tomadores de poder mundial, bem como para toda a população. Por isso, grandes eventos de debate como o Fórum Econômico Mundial estão com fortes perspectivas nesse sentido. Agora é hora do G20, que acontece aqui no Brasil. Vamos ficar de olho?