As mudanças em curso: por que é preciso programar a aposentadoria para profissionais autônomos?

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Os sistemas previdenciários estão sujeitos a mudanças e desafios econômicos, e a aposentadoria para  autônomos tem sido um debate neste sentido. A aposentadoria é um período em que você deixa de trabalhar e depende principalmente de suas economias e benefícios previdenciários para se sustentar. Quando não há condições de execução da atividade, é preciso suprir uma fonte de subsistência. Um ponto fundamental a ser tratado quando a atividade é autônoma e depende do planejamento de quem a está exercendo. Logo, planejar com antecedência permite que você acumule um fundo sólido. Assim, garante sua segurança financeira durante esse período. No caso dos profissionais autônomos, é imprescindível que isso seja elaborado e colocado em prática o quanto antes. Vamos falar um pouco a respeito e explicar algumas das modalidades disponíveis.  

Porque preparar com antecedência deixou de ser opção para ser o necessário?  

Em muitos países, incluindo o Brasil, a expectativa de vida está aumentando, enquanto a taxa de natalidade está diminuindo. Isso significa que a população está envelhecendo e haverá menos pessoas em idade ativa para sustentar os aposentados. Dependendo exclusivamente do sistema previdenciário do governo pode não ser suficiente para manter seu padrão de vida desejado na aposentadoria. 

Em alguns países, os benefícios previdenciários podem diminuir ou as regras de elegibilidade podem ser alteradas. Portanto, é importante não depender exclusivamente desses sistemas e ter um plano de aposentadoria pessoal. A reforma da previdência, promulgada em novembro de 2019, é um exemplo disso. Foi um conjunto de mudanças significativas nas regras e requisitos para a aposentadoria. Entre as principais mudanças, destacam-se o aumento da idade mínima de aposentadoria, tanto para homens como para mulheres. Passando a ser de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres. Antes, as idades mínimas eram menores. Além disso, houve mudanças nas regras de cálculo do valor do benefício, que agora consideram um período maior de contribuição para chegar a uma média salarial. Com isso, espera-se que os benefícios sejam reduzidos em relação ao modelo anterior. 

Além da reforma da previdência, também ocorreu a reforma trabalhista, e então, muita coisa mudou no modelo de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao terceiro trimestre de 2020, cerca de 24,5% dos trabalhadores brasileiros eram considerados autônomos. Essa porcentagem inclui profissionais autônomos em diferentes setores, como comércio, serviços, indústria e agricultura. No cotidiano, os profissionais autônomos desfrutam de benefícios como flexibilidade ampliada nos horários e liberdade para conduzir suas atividades. No entanto, eles enfrentam um desafio significativo: a volatilidade da renda. Aspecto que não apenas afeta o orçamento presente, mas também tem implicações no planejamento do futuro, como a preparação para a aposentadoria.

Quais os principais alertas para quem está buscando aposentadoria para autônomos?  

De fato, o planejamento financeiro é particularmente importante para os profissionais autônomos. Ao contrário dos trabalhadores empregados em empresas, que muitas vezes contam com benefícios. Tais como seguro de vida, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e contribuição automática ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os autônomos geralmente não têm acesso a essas condições. 

Isso significa que os autônomos são responsáveis por criar sua própria rede de proteção financeira. Isto inclui a busca por opções de seguro de vida, planejamento previdenciário e construção de reservas financeiras para emergências. Eles também precisam considerar a necessidade de contribuir voluntariamente ao INSS para garantir benefícios previdenciários futuros. 

Além disso, os autônomos enfrentam a volatilidade da renda, que pode variar de mês a mês. É crucial para eles desenvolverem habilidades de gerenciamento financeiro. Algumas das necessidades são orçamentar com eficiência, estabelecer metas de poupança e investir sabiamente para garantir a estabilidade financeira a longo prazo. 

Portanto, o planejamento financeiro se torna essencial para os autônomos, uma vez que lhes permite mitigar a falta de benefícios tradicionais e construir uma base sólida para enfrentar os desafios financeiros atuais e futuros. 

Como começar a fazer este plano tão a longo prazo?  

Além de fazer contribuições ao INSS, os profissionais autônomos têm a opção de fortalecer seu planejamento financeiro de longo prazo por meio de investimentos em previdência privada. Gustavo Moreira, coordenador do MBA em Finanças do Ibmec-RJ, traz uma opção. Ele sugere que esses profissionais escolham fundos de previdência com custos de administração mais baixos. E que também evitem taxas de entrada e saída. Essa abordagem pode ajudar a maximizar os retornos. Assim como minimizar os custos associados aos investimentos de previdência privada para os autônomos. 

“O trabalhador tem que avaliar a realidade dele. Uma opção é contribuir para o INSS continuamente e aderir a uma previdência privada e oscilar um pouco os aportes, garantindo duas fontes de renda futuras.” – indica. 

Outro ponto importante é ter prudência na administração dos recursos e evitar recorrer a eles em situações de necessidade. É de extrema importância para os autônomos construírem uma reserva financeira de emergência. No entanto, ela só deve ser acessada quando realmente for necessário.  Essa reserva servirá como um suporte fundamental nos momentos de menor receita, garantindo a estabilidade financeira e evitando contratempos significativos.  

“A previdência privada é um tipo de investimento que vai estar num futuro distante e é muito danoso quando você faz alguma retirada antes do tempo. Para isso é preciso ter um orçamento anual ou plurianual com folga justamente para fazer uma previsão das flutuações sazonais e ter alguma ‘gordura’.” – complementa.   

Comece já! 

Verifique as regras e requisitos específicos para autônomos e considere a possibilidade de contribuir regularmente. Considere a previdência privada, os planos que oferecem benefícios a longo prazo e podem complementar sua renda na aposentadoria. Pesquise diferentes opções disponíveis, levando em conta fatores como taxas, rendimentos e prazos. Estabeleça metas e crie um orçamento. Por fim, busque orientação profissional, considere consultar um profissional especializado em planejamento financeiro ou previdenciário. Esses especialistas podem ajudá-lo a tomar decisões informadas e identificar as melhores opções de investimento.  

Se precisar de ajuda, entre em contato com nossa equipe!  

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