Cursos de economia mudam currículo e buscam flexibilidade

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No centro das reformas já realizadas, entre as IES, estão a concentração das disciplinas teóricas no início dos cursos de Economia, mais flexibilidade aos alunos para escolher trajetória de estudos, além de disciplinas eletivas.

Ciência de dados e inteligência artificial são os temas que ganham mais destaque nas estratégias dos coordenadores dos cursos de graduação.

Assuntos ligados à sustentabilidade – como mudanças climáticas e transição energética – também estão entre as fronteiras do estudo das universidades, enquanto outros temas ganharam mais espaço, como avaliação de políticas públicas e políticas de gênero e de raça.

O aumento da carga horária e da prioridade dada a disciplinas ligadas a ciência de dados é quase unanimidade entre as reformas já em vigor ou em estudo.

A lógica de atualização constante do currículo também é defendida pelo diretor sênior do Ibmec, Reginaldo Nogueira. E isso vale, segundo ele, tanto para a inclusão de disciplinas novas quanto para a revisão das ementas dos cursos:

“Há dois anos, fizemos uma ampla mudança para dar mais espaço no currículo para ciência de dados. Mas é preciso ir aprimorando o curso de maneira permanente”, afirma.

Correntes de pensamento

Nas diferenças entre os cursos de economia, transparece também o velho debate entre cursos mais voltados para a economia ortodoxa ou a heterodoxa.

A ortodoxia e a heterodoxia são pensamentos econômicos distintos. Há, claro, muitas nuances para diferenciar as visões. De forma resumida, no entanto, a primeira defende o livre funcionamento do mercado, com ação mínima do Estado, enquanto a segunda acredita em maior participação do Estado na condução da economia.

Há alguns dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que “os livros de economia estão superados”, ao defender que gastos do governo em saúde e educação fossem classificados como investimentos, e não como gastos.

O diretor sênior do Ibmec, Reginaldo Nogueira, diz que o curso da universidade ensina o que desponta de mais moderno e avançado em pesquisa econômica.

“Ensinamos o estado da arte da teoria econômica. Só que grande parte disso está ligada ao que ficou conhecido como ortodoxia”, nota.

Aulas práticas e tecnologia para atrair alunos da era das redes sociais

Nos cursos de economia, coordenadores enfrentam desafios comuns aos de outros educadores, que é o de atrair jovens nascidos na era das redes sociais, com um mundo de distrações à escolha, e cada vez menos interessados em aulas tradicionais.

O uso maior de tecnologia nas salas de aula, ampliação de aulas práticas, a partir da solução de problemas, treinamento pedagógico dos professores e disciplinas mais curtas são alguns dos caminhos citados por responsáveis de diferentes cursos de economia.

Nessa geração “mais imediatista”, é preciso avançar no trabalho socioemocional, com maneiras para gerar engajamento.

O diretor sênior do Ibmec, Reginaldo Nogueira, destaca como chave o treinamento do corpo docente. Há demanda permanente, nota, para manter a concentração dos alunos e participação mais ativa na sala de aula.

“O aluno tem 1 milhão de distrações, dentro e fora da sala de aula. Não tem como escapar, é preciso mudar o perfil da aula. E isso se faz com treinamento constante dos professores, para melhorar didática”, afirma.

Reportagem publicada no jornal Valor Econômico: para ler a matéria na íntegra clique aqui.

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